30.10.06
Primeras palabras del presidente Lula
30/10/2006 - 11:03Leia íntegra do primeiro discurso de Lula depois de reeleito
Confira abaixo a íntegra do primeiro discurso de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente reeleito:
Meus amigos e minhas amigas aqui representados pelos companheiros dirigentes dos partidos que apoiaram a nossa campanha, nossos queridos companheiros representantes dos trabalhadores aqui representados pelos dirigentes sindicais, meus companheiros ministros, meus companheiros e companheiras coordenadores da nossa campanha. Eu não estou vendo aqui o governador Marcelo Miranda, do Tocantins. Ah, está aqui do meu lado aqui nosso querido governador Marcelo Miranda, do Estado do Tocantins; nosso querido companheiro Jacques Wagner, governador eleito da Bahia.
Queria dizer para vocês que eu penso que o Brasil está vivendo um momento mágico, de consolidação do processo democrático brasileiro. Acho que esse momento nós devemos ao povo brasileiro, sobretudo, ao povo que foi incluído no patamar daqueles que já tinham conquistado a cidadania. Acho que a inclusão social de milhões e milhões de brasileiros, o acerto das coisas que o governo fez e os erros que também o governo fez permitiram que nós pudéssemos chegar num processo eleitoral mais amadurecido, com mais consciência e consistência das dificuldades que o Brasil enfrenta para dar o salto de qualidade que o Brasil precisa dar.
Eu sou um homem convencido de que a lição que a democracia brasileira dá neste momento ao mundo, a começar da qualidade do processo de votação e apuração do nosso país. Em que países mais ricos do que o Brasil, mais poderosos do que o Brasil do ponto de vista econômico e tecnológico não tem. O Brasil fazer uma eleição que termina às 17 horas e às 20 horas a gente já saber o resultado de quase todo o território nacional é muita competência tecnológica e muita competência inclusive da Justiça eleitoral brasileira.
Eu sou grato nesse momento às pessoas que confiaram, às pessoas que acreditaram. Sou grato ao povo deste país. Ao povo brasileiro que em vários momentos foi instado a ter dúvida contra o governo. E o povo sabia fazer a diferença do que era verdade, o que não era verdade, o que estava acontecendo, o que não estava acontecendo no Brasil. E, sobretudo, o povo sentiu que ali tinha melhorado. E contra isso não há adversário, porque o povo sentiu na mesa, sentiu no prato e sentiu no bolso a melhora de sua vida. O mais importante ainda é que o povo sentiu isso no seu cotidiano. Ele sentiu isso na vida dos seus amigos, na vida das suas famílias.
Eu tenho consciência de que nós demos apenas o primeiro passo. Eu, durante a campanha, citava muito exemplos de que nós tínhamos construído um alicerce. A bases estão usadas para que o Brasil dê um salto de qualidade extraordinário nesse próximo mandato. Primeiro, porque todos nós aqui temos mais experiência, aprendemos muito. Segundo, porque nós conseguimos resolver o problema da macroeconomia brasileira, da instabilidade econômica.
Conseguimos consolidar nossas relações internacionais, conseguimos fazer ver que o Mercosul é uma condição importante para o desenvolvimento dos países que dele participam. Conseguimos consolidar comunidades sul-americanas de nações, conseguimos consolidar uma política internacional onde não temos adversários, mas construímos um leque de amizades em que o Brasil hoje transita com muita leveza em todos os continentes. E é ouvido porque nós aprendemos a respeitar e quando a gente respeita a gente pode exigir respeito. E eu penso que tudo isso, me dá segurança de dizer a vocês que vamos fazer um segundo mandato muito melhor do que fizemos no primeiro. Muito melhor.
Não tenho dúvida de que o Brasil vai crescer mais. Não tenho dúvida de que vai aumentar a distribuição de renda neste país. Não tenho dúvida de que vai aumentar a consolidação da política externa brasileira. Não tenho dúvida de que vai aumentar o combate a corrupção deste país. Não tenho dúvida de que vai continuar o fortalecimento das instituições no país. E não tenho dúvida, sobretudo, de que o Brasil irá atingir um padrão de desenvolvimento que será colocado entre os países desenvolvidos no mundo.
Nós cansamos de ser uma potência emergente, nós queremos crescer. As bases para um crescimento sustentado da economia estão dadas e agora a gente tem que trabalhar. Todo mundo. Todo povo brasileiro votou exatamente porque tem esperança de que as coisas podem andar ainda mais rápido e muito melhor do que andaram no primeiro mandato.
A eleição, como vocês viram, é sempre um processo complicado. Mas ao sairmos dessa eleição e ao receber o telefonema do meu adversário, o candidato Geraldo Alckmin, eu saio com a convicção muito mais forte do que entrei na campanha de que o Brasil não pode temer, em nenhum momento, o fortalecimento da sua democracia.
As instituições estão sólidas, o povo brasileiro sabe reagir nos momentos adequados, com as atitudes adequadas. Os partidos políticos precisam se fortalecer e para isso nós vamos discutir, logo no começo do mandato, a reforma política de que o Brasil tanto necessita. E é importante que ela saia. E que ela saia por consenso de todos os partidos políticos. Porque o processo eleitoral mostrou também que quanto mais fortes forem as instituições políticas mais forte e mais consolidado será o processo democrático brasileiro.
De forma que eu estou feliz. Estou feliz pela participação da sociedade nesse processo eleitoral. Estou feliz porque a sociedade conseguiu compreender o momento histórico que nós estamos vivendo no país. Estou feliz pela eleição dos governadores em todos os Estados. Acho que nós poderemos construir algo muito mais forte do que nós tentamos construir em março e abril de 2003, quando nos reunimos com os governadores para fazer a reforma da Previdência e a reforma tributária.
Acho que os governadores eleitos têm o perfil de quem quer trabalhar no sentido de fazer com que haja uma compreensão de que o crescimento do Brasil precisa beneficiar o crescimento dos Estados. Continuaremos a governar o Brasil para todos, mas continuaremos a dar mais atenção aos mais necessitados. Os pobres terão preferência no nosso governo.
As regiões mais empobrecidas terão no nosso governo uma atenção ainda maior. Porque nós queremos tornar o Brasil mais equânime. Queremos tornar o Brasil dos seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados mais justo do ponto de vista geopolítico, mas também do ponto de vista econômico e social. Portanto nós temos uma grande estrada a ser construída. As bases estão consolidadas, os projetos já estão consolidados. E, portanto, nós não temos tempo a perder. É trabalhar, trabalhar e trabalhar porque é isso que o povo brasileiro espera e é por isso que o povo brasileiro votou.
É por isso que hoje, na rua, todo mundo fala: deixa o homem trabalhar, porque o Brasil precisa de trabalho. E eu estou muito confiante. Como jamais estive na minha vida. Estou confiante no Brasil, estou confiante na compreensão dos partidos que perderam as eleições no estado e para o governo federal, a eleição acabou.
Agora não tem mais adversário.O adversário agora são as injustiças sociais que nós temos no Brasil e que precisamos combater. O adversário agora é a gente, todo mundo, se juntar para fazer o Brasil crescer. Fortalecer o Brasil não apenas internamente, mas fortalecer o Brasil no mundo. Nós queremos continuar fortalecendo o mercado interno, fortalecendo as exportações. E eu penso que contra esses argumentos nós não temos adversário.
Eu não tenho dúvida nenhuma que poderemos contar com a compreensão dos partidos que fizeram oposição a nós, e quero conversar com todos, sem distinção. Não haverá um único partido nesse País que eu não chame para conversar, para dizer o seguinte: agora o problema do Brasil é de todos nós. Eu tenho a Presidência, mas todos os brasileiros e brasileiras têm a responsabilidade de dar a sua contribuição para que o Brasil não perca mais uma oportunidade.
Eu disse a vocês que nós manteremos uma política fiscal dura. Porque eu aprendi não na faculdade de economia, como os meus companheiros aprenderam. Eu aprendi na vida cotidiana que a gente não pode gastar mais do que a gente ganha porque senão um dia a gente vai se endividar de tal ordem que a gente não pode pagar a dívida que contraiu.
Mas ao mesmo tempo que eu tenho a convicção de que a solução para os problemas brasileiros não é mais fazer o povo sofrer com ajustes pesados, que terminam caindo em cima do povo, mas que a solução está no crescimento da economia, no crescimento da distribuição de renda e nós provamos isso no primeiro mandato, quando nós dizíamos há muito tempo atrás que era preciso primeiro o Brasil crescer para distribuir e nós dizíamos: é preciso distribuir para o Brasil crescer, nós provamos que com o pouco de distribuição de renda que...
29.10.06
Mas cami del desert..
En Felip Puig és com un d’aquells actors secundaris de les pel·lícules d’acció que sempre acaba morint en els braços del protagonista principal. Sí, home, un d’aquells personatges que parla i engresca el personal, als seus companys, a llançar-se a una lluita ferotge a pit descobert i, generalment, sense garanties d’èxit. Les darreres paraules abans de morir d’aquests figurants de segon nivell acostumen a estar plenes de sentiment i afectació. Doncs bé, l’amic Felip ahir –tan sobrat i prepotent com Artur Mas- observava “moral de derrota” en els seus adversaris polítics. No podia ser d’una altra manera. Ho deia amb el seu posat seriós, malhumorat, i la barba poc retallada. Però, en la lluentor de la seva mirada trèmula, s’endevinava una profunda preocupació. Potser pensava: Què serà de mi si la suma de les dretes no funciona? Podrem aguantar quatre anys més fent d’oposició? Continuaran les donacions anònimes? La jornada de reflexió de demà hauria de servir a molts sobrats convergents per anar preparant la cantimplora i la crema solar. La travessa del desert pot esdevenir llarga i fatigosa. I, per cert, també amb molta pols, rates i escurçons.
27.10.06
Pedro J estima Mas
No en parlem més. Si Pedro J. Ramírez prefereix en Mas a en Montilla és perquè la Brunete mediàtica ja ha decidit quin és el seu candidat a les eleccions catalanes. Pobre Piqué! I és que la dreta pura i dura pot ser tan reaccionària com vostès vulguin, però alhora també és pragmàtica. Aquesta gent acostuma a diversificar la inversió, pel que pugui passar. A Pedro J. i la seva gent se'ls en fot l'Estatut, la nació i el pa amb tomàquet dels nostres pseudopatriotes convergents. Saben positivament que durant més de vint-i-tres anys la cartera va poder més que la bandera. És més, pensen que això ha de seguir així i que un altre pacte del Majestic és possible. Si l'aritmètica ho permetés —la Moreneta i els electors no ho vulguin—, aquesta gent apostaria fort perquè en Piqué donés suport a en Mas. No seria la primera vegada que els soferts militants del PP es mengen l'orgull per entronitzar un convergent. Però aquest cop amb un agreujant, amb la pena que el candidat de CiU d'ara és el més prepotent de tots els candidats que es fan i es desfan.Apa, doncs! En Jordi Barbeta ja pot seguir dient des de La Vanguardia que no hi ha diferència entre dretes i esquerres. Que l'hi pregunti a Pedro J., que això sí que ho té molt més clar. Ell sap distingir un neocon "bajo cualquier bandera".
26.10.06
25.10.06
Ui, ui, ui...!
Compte! Pànic als rengles convergents. Les enquestes diuen que el suposat avantatge de Mas sobre Montilla es desinfla per moments i ara es mou al voltant de tres puntets de res. Ui! Ui! Ui! S'imaginen vostès, després del xou del DVD, després d'haver quedat com uns mal educats amb la resta de forces polítiques, després de les genialitats del carnet i d'anar al notari, com se'ls ha posa't la cara a David Madí i als seus escolanets? Els vells convergents diuen que els nacionaltalibans es mengen les ungles tot especulant si els altres sumen o no sumen.
Ai, l'aritmètica!El comitè de campanya de CiU comença a estar neguitós. Desitja que el temps passi ràpid, perquè sap que juga en contra seva. Cada dia que passa s'instal·la un xic més entre els catalans el rebuig a la prepotència del candidat Mas. El debat a TV3 va esdevenir un aparador màgic on els ciutadans varen descobrir el fons real de cadascun dels candidats. I, com tothom sap, el més malparat de tots és l'Arturo. Aquest cop en Piqué l'ha encertat de ple. La "xuleria" no agrada a casa nostra. És un producte d'importació, i tot sembla indicar que alguns el tenen en exclusiva. Però temps al temps. Ui, ui, ui, que el globus es desinfla. Almenys això diuen alguns convers desesperats.
Article que m'han publicat a e-noticies
23.10.06
L’hora del catalanisme social
A la vida dels països, com a la de les persones, hi ha un temps per a cada cosa. Hi ha un temps per a l’èpica i un altre temps per a la lírica. Fins i tot pot haver-hi un temps per al romanticisme, les lamentacions o la política-ficció. Cert; però hi ha moments històrics en què cal una determinada dosi de serenor i pragmatisme. El proper dia de Tots Sants és una d’aquestes jornades especials. El ciutadà haurà de triar, d’entre un munt de propostes electorals, aquella que cregui que pot oferir-li més benestar. A pocs mesos de celebrar el referèndum sobre l’Estatut, el que es ventila ja no és la definició del país ni la seva relació amb l’Estat, sinó el desplegament pràctic, efectiu, dels continguts del nou Estatut. Així, doncs, ara fóra bo seleccionar la gent que millor pot dur la posada en pràctica de l’Estatut. Per què? Senzillament perquè és una oportunitat històrica, perquè hem d’aprofitar-la amb responsabilitat. Perquè ara és l’hora de seguir aprofundint en les polítiques socials; i tot això només es garanteix amb una Generalitat encapçalada per en José Montilla. Sota la crítica indiscriminada que llança CiU al conjunt del tripartit, s’amaga una filosofia i un rebuig global a les esquerres, als seus valors i a les polítiques adreçades a les persones. Són molts els punts de coincidència que han aflorat entre CiU i PP: carnets per a immigrants, xecs al portador, agressivitat... Tants, que fan molt difícil la proximitat de qualsevol altre partit a la gent d’en Mas. CiU ha optat per la contundència i les polítiques de la dreta més neocon. El desplegament eficaç d’un Estatut al servei de tots els catalans només s’albira factible si Catalunya és governada des de la perspectiva del catalanisme social. I això, avui, vol dir fer un vot a la capacitat de gestió, pacte i negociació d’en Montilla.
Article que m'han publicat al setmanari Actual
22.10.06
Nacional-talibanisme ? No gràcies
Diuen que més de 550.000 persones varen veure, almenys una estona, el debat dels “cinc magnífics” a TV3. Aquests telespectadors varen poder comprovar en la pantalla quin estil de fer política destil·la cada candidat, quines són les seves maneres de fer, o si més no, quina estratègia li aconsella el seu entorn més immediat, els seus assessors. Així varem poder comprovar com el convergent Mas ha sucumbit als mètodes del nacional-talibanisme propugnats per en Puig i en Madí. És a dir, a intentar projectar la seva imatge en base a un posat agressiu, contundent, prepotent i sobrat. La intervenció d’Artur Mas, la nit del debat en qüestió, va esdevenir una reposició del DVD però, només amb locutor. Lamentable tot plegat. Després de visitar el senyor notari, gastar-se els calerons en el DVD i parir el carnet per punts (sols per a immigrants) a Artur Mas només li faltava posar-se impertinent a TV3 per acabar de completar i posar de relleu l’aspecte més notable de la seva imatge: la supèrbia.
Per governar, per ser un bon governant cal una bona dosi d’humilitat i certa capacitat de diàleg. Cal saber oferir als demés sortides honorables, pactes dignes i respecte. Amb les seves aptituds Mas s’està guanyant l’animadversió de totes les altres forces polítiques però, el que és més greu per als seus interessos: els ciutadans el perceben com a una persona freda, distant i sense cintura i, amics meus, això acostuma a passar factura. Ja ho veuran.
20.10.06
Mas s'ha retratat
Està vist que les polítiques socials i les adreçades a les persones no són el fort d'Artur Mas. El candidat convergent cada dia perfila més el seu veritable ideari polític. Cada dia fa una passa més en la línia neocon, en l'arrenglerament amb les tesis de Bush. A la llarga llista de despropòsits iniciada amb els xecs al portador ara cal afegir el carnet per punts per a immigrants "desitjosos" de prosperar. Què vindrà desprès d'això? Quina nova i reaccionària sorpresa ens oferirà CiU?La feblesa del discurs convergent rau en dos factors. Primer, en l'escassa credibilitat del seu candidat —per això ha d'anar al notari— i segon, en la carta als reis i la llarga llista de propostes electorals insolvents pressupostàriament parlant o bé profundament regressives en el terreny social. Artur Mas s'ha retratat. Cada cop que llença una idea la pífia. Potser pensa que s'està presentant a les eleccions andorranes. Compte! Això d'Andorra no és cap menysteniment al país, és per aquella "brillant idea" d'en Mas de les seleccions esportives.
19.10.06
Tot és possible
D’un temps ençà les enquestes han esdevingut els oracles del segle xxi. Això sí, oracles interpretats a gust del client o del consumidor. Oracles que sovint s’equivoquen en les seves prediccions o les dibuixen tan amples i difuses que encerten sempre. Gairebé tots els polítics ens expliquen que les enquestes electorals tan sols mostren tendències, detecten moviments de fons. Ara bé, és una obvietat que l’única enquesta real és el recompte de la nit electoral. Fetes aquestes puntualitzacions hom està en condicions d’observar els grans trets del panorama polític català. Què ens diuen les enquestes? Com és possible que siguin tan contradictòries? Ens diuen que els dos grans partits catalans estan frec a frec amb un avantatge indeterminat de CiU sobre el PSC. Avantatge condicionat pels resultats que obtinguin ERC i PP. Ens diuen que la participació serà baixa i, com a conseqüència, una variació en algunes zones podria alterar els resultats. Constaten que l’electorat que gira al voltant del nacionalisme conservador està més motivat que altres. El denominador comú de gairebé totes les enquestes conegudes és la constatació que tot és possible. Del que es tracta aquí no és de saber qui guanyarà en escons, sinó quina és l’aritmètica que fa viable una combinació i no una altra. Insisteixo, tot és possible. Però hi ha un altre factor que detecten els sondejos, un altre denominador comú gens menyspreable. Quan preguntem als ciutadans --conscients que governar en solitari és tota una aventura-- sobre les aliances, cap proposta de coalició creua la frontera del 25% d’acceptació. És clar, doncs, que, descartada la majoria absoluta, sigui quin sigui el resultat, s’obre un període polític complex, incert i amb multicombinacions. Això sí, més d’un 57% dels catalans s’identifiquen amb les esquerres.
Article que m'han publicat al setmanari Actual
18.10.06
La credibilitat ...ja,ja,ja....
Si senyor. Els han tremolat les cames. En Duran Lleida s’ha empassat sense problemes totes les consideracions fetes, fins ara, al voltant dels Pressupostos Generals de l’Estat. Què ha passat? Doncs molt senzill, hem presenciat la cançoneta de sempre, la d’estrènyer i afluixar segons convé els interessos de Convergència i Unió. Ha calgut només una mica de “peixet”verbal d’en Pedro Solbes per què en Duran mogués fitxa. El líder d’Unió sap positivament que aquests són els millors pressupostos de l’Estat que s’hagin vist mai a Catalunya. Duran sap que no pot tancar els ulls a aquesta evidència, que fer-ho seria una traïció als interessos dels ciutadans catalans. Duran sap, també, que ha de ser pragmàtic i que un vot negatiu posaria en evidència la tendència natural de CiU d’anar del bracet del Partit Popular. Massa, tot plegat, per a una coalició que es mou com bufa el vent, sense nord i amb moltes ànsies de poder a qualsevol preu. Els noiets de la nova CiU són així, que hi farem. Van al notari per a comprar credibilitat i a Espanya, al seu Congrés dels Diputats, la malbaraten.
17.10.06
Els pamflets d'en Ferran
Des del PSC hem publicat un llibre titulat Els pamflets d'en Ferran. Recull d'articles polítics un xic grollers, àcids i malintencionats, en el qual s'inclouen 42 articles, molts d'ells "publicats en el diari digital e-notícies", "un parell d'escrits publicats al setmanari Actual" i "un article en castellà a El País". El títol, que comença amb una definició de la paraula pamflet del Diccionari de la llengua catalana, explica en un "avís als amics lectors i als adversaris lletraferits" que els escrits recollits han generat "ires, exabruptes i comentaris on line" i que "volen ser un impacte sense dolor en la closca dels adversaris per fer-los exclamar": "aquest malparit ens ha fotut el dit a l'ull, però la veritat és que li hem donat motius per fer-ho. Li ho hem posat en safata". En aquest sentit ja indico que els articles són "àcids, poca-soltes i malintencionats", ja que estan "pensats per fer empipar els adversaris i posar el dit a la nafra".
16.10.06
El bumerang del talibà
El grupet de talibans que encercla Artur Mas s'ha sortit amb la seva. El seu vídeo ha fet parlar. Han aconseguit fer possible, mitjançant donatius "anònims", la pel·lícula de la seva vida. Han aconseguit l'Oscar a l'estultícia i la manipulació. Han conreat noves "amistats" entre els professionals de TV3. La ciutadania, per fi, els ha agraït l'esforç intel·lectual esmerçat en la creació del DVD en qüestió.
Article que m'han publicat a e-noticies
13.10.06
APOCALIPSI EN LLIBERTAT
11.10.06
CiU i l'egoisme
Recomano als que prediquen que no hi ha diferències, que això de dretes i esquerres ja està superat, llegir el magnífic article d'opinió de Vicenç Navarro, publicat ahir a El País, titulat "¿Qué Catalunya?".
Article que m'han publicat a e-noticies
10.10.06
article força suggerent
TRIBUNA: VICENÇ NAVARRO
¿Qué Cataluña?
VICENÇ NAVARRO
EL PAÍS - 10-10-2006
-->
La clase trabajadora inmigrante ha ejercido un papel clave en la construcción de Cataluña
Como era de esperar, los nacionalistas catalanes se están movilizando para alertar al electorado catalán de que la elección del candidato socialista José Montilla (nacido en Andalucía) afectará negativamente a la identidad y los intereses de Cataluña. Incluso un articulista nacionalista que escribió recientemente en estas páginas de opinión que el Gobierno tripartito había sido un "fracaso" y "una de las experiencias más esperpénticas vividas en Cataluña en los últimos años", ha sacado a relucir la militancia comunista de Montilla en su pasado como prueba -a su juicio- de su escaso compromiso con Cataluña. Ni que decir tiene que cada articulista que alerta sobre la posible victoria de tal candidato aclara -a fin de ser políticamente correcto- que su negatividad hacia tal candidato no está basada en absoluto en el hecho de que naciera fuera de Cataluña.
En estas advertencias al electorado existe una concepción patrimonial de Cataluña que asume que ellos, y sólo ellos -los nacionalistas catalanes-, conocen, defienden o están comprometidos con Cataluña. Una vez más están dando carnets de catalanidad, mostrando una arrogancia profundamente ofensiva, basada en una ignorancia historiográfica y en una concepción clasista de lo que es Cataluña. En contra de lo que estos nacionalistas asumen, no hay una sola Cataluña. Al menos hay tantas Cataluñas como catalanes existen en este país. Ahora bien, independientemente de cómo se defina esta comunidad, creo que una manera razonable de medir el compromiso de un partido político con Cataluña es analizar el impacto de las políticas públicas que lleva a cabo cuando gobierna en la calidad de vida de la mayoría de la población catalana; es decir, de las clases populares. Pues bien, tal impacto puede medirse y evaluarse. Los datos existentes muestran claramente un sesgo clasista (es decir, que benefician a unas clases sociales más que a otras, y en muchas ocasiones, a costa de otras) de gran parte de las políticas públicas del Gobierno nacionalista conservador. Ejemplos hay muchos. Las escuelas privadas (gestionadas en su mayoría por la Iglesia, y a las que asisten, por lo general, los hijos de familias del 35% de la población de renta superior) recibieron de aquel Gobierno el subsidio más alto de España (y de la UE de los Quince) a costa de los fondos públicos a las escuelas públicas (las que atienden en su mayoría a los hijos de las clases populares). Tales subsidios (incluso a escuelas de élite del Opus Dei) se hicieron utilizando "trampas", como reconoció en su día el entonces presidente Jordi Pujol.
Otro ejemplo de políticas clasistas de los nacionalistas conservadores fue su apoyo a la reforma fiscal del Gobierno de José María Aznar, que significó -de acuerdo con el trabajo realizado por el catedrático de Economía Analítica Zenón Jiménez Ridruejo y su colaborador, el profesor Julio López Díaz, titulado El impacto de la reforma fiscal de 1998- una enorme redistribución de las rentas en Cataluña y en España, de manera tal que el 30% de contribuyentes de renta superior vieron sus rentas aumentar del 59,2% al 62,9% (durante el periodo 1998-2003), mientras que el 60% restante (las seis decilas de contribuyentes de renta inferior) disminuyeron del 31,16% al 27,8%.
Es comprensible que a las derechas catalanas y a las del resto de España les incomode la documentación y publicación de estas políticas clasistas. En una reciente intervención del portavoz de Convergència i Unió (CiU) en el Parlament, éste nos acusó a mí y a mis colegas universitarios de "estar reavivando la lucha de clases en Cataluña" al dar a conocer tales datos. Nosotros, sin embargo, no estamos reavivando, sino meramente fotografiando tal lucha de clases, que ellos están llevando a cabo exitosamente para sus intereses, realidad que fue ocultada por los medios públicos de persuasión (incluidas la televisión catalana y Catalunya Ràdio) que ellos controlaban. Ninguno de estos medios informó tampoco de que por muchos años Cataluña era una de las regiones europeas con mayores desigualdades por clase social. Un varón perteneciente a las clases más adineradas (de decila de renta superior del país) a mediados de los años noventa (en pleno periodo nacionalista conservador) vivía casi 10 años más que un trabajador no cualificado con más de cinco años en paro, una de las diferencias mayores de mortalidad por clase social en Europa, situación a la que contribuyeron las políticas clasistas del Gobierno nacionalista conservador, sobre las cuales hubo un silencio mediático ensordecedor. Ninguno de tales articulistas nacionalistas que continúan hoy dominando la cultura mediática del país hablaron de estos temas. Sus llamadas a la cohesión nacional ocultaron la enorme descohesión social.
Una última observación referente al pasado comunista de José Montilla. Luché en la resistencia antifranquista en los duros años cincuenta y sesenta, lo cual causó mi largo exilio, y pude apreciar el enorme compromiso por la libertad, la justicia social y la identidad catalana que tuvieron los comunistas, siendo merecedores de mi gran estima y respeto. Es resultado del vulgar anticomunismo dominante, ignorante de nuestra historia, que ahora se quiera presentar el hecho de que Montilla militara en su juventud en la resistencia antifascista dentro de las filas comunistas como prueba de su posible escaso compromiso con Cataluña. La clase trabajadora inmigrante ha ejercido un papel clave en la construcción de este país, y en la lucha antifascista que combinó en Cataluña la lucha por la democracia y la justicia social con la recuperación de la identidad nacional. Fue la burguesía la que apoyó y se benefició del franquismo. Artur Mas, dirigente del partido nacionalista conservador, antepuso, por cierto, su proyecto profesional (preparando oposiciones) a su compromiso con Cataluña (como también hizo otro superpatriota de signo contrario, José María Aznar). Es sorprendente ahora su osadía de dudar de la catalanidad de José Montilla, quien desde su juventud y en momentos muy difíciles para Cataluña, luchó por ella.
9.10.06
Credibilitat zero
M'explicava una bona amiga que, en el precís moment que el candidat Artur Mas anunciava la seva intenció d'acudir al notari per certificar que mai no pactaria amb el PP de Piqué, el convergent perdia tota la credibilitat. En campanya electoral les promeses i propostes estan a l'ordre del dia, però convindran amb mi que els notaris de debò han de ser els ciutadans ponderant els fets, i no les paraules. Els ciutadans acaben tard o d'hora premiant o menystenint els polítics que les han fet públiques. La noia en qüestió em deia: "Quan un polític ha de recórrer al notari per donar fe del fet que és sincer, malament rai. La seva credibilitat és zero".
8.10.06
Article interessant publicat a La Voz De Galicia
7.10.06
Adéu al "Guti"
El veterà dirigent del PSUC Antoni Gutierrez Díaz ens ha deixat. Feia més de trenta anys que ens coneixiem. Vàrem estar un temps plegats a la presó Model de Barcelona. Era una bona persona i tenia fusta de líder... El darrer dia 22 de setembre vàrem seure junts al Saló de Cent de l'ajuntament de Barcelona per escoltar el pregó de Elvira Lindo.
6.10.06
...I una calculadora
El senyor Artur Mas, candidat de la dreta catalana a les properes eleccions autonòmiques i antic soci del senyor Piqué, faria bé de tenir un detall amb els electors. Podria, per exemple, estalviar-se la publicitat impresa que empastifa les nostres bústies i carrers i reduir el nombre de cartells amb la seva imatge d'anunci de perruqueria i gomina. Per què? Doncs molt senzill: són tantes les promeses, xecs, rebaixes fiscals i compensacions econòmiques per a fills que el ciutadà de bona fe ha arribat a la conclusió que necessita una calculadora. La subhasta de promeses endegada pels convergents és un mal servei al país i a la credibilitat dels polítics i dels seus programes. Només ens faltava això! Farien bé els senyors Madí, Oriol Pujol, Homs i cia de mirar de retallar les seves despeses electorals —provinents de donacions anònimes— i obsequiar el sofert català del carrer amb una calculadora i... un parell d'ous durs. En Mas s'ha cobert de glòria; ara només cal que se sàpiga que el front nacionalista és una realitat, que l'acord amb en Carod és un fet palpable i així el món percebi que Catalunya ha entrat en terreny pantanós.
4.10.06
Per fer soroll
Com a conseqüència de la trobada de Mas i Carod a l'hotel Duquessa de Cardona i del pacte establert entre CiU i ERC, abans-d'ahir va tenir lloc la compareixença de lla Consellera Carme Figueras a la Diputació Permanent del Parlament. La qüestió no tindria transcendència si no fos per les circumstàncies que l'envolten. Circumstàncies, unes, de tipus polític —la constitució d'un front nacionalista—, amb la consegüent supeditació d'ERC a les pretensions del sector dels negocis de CiU i a les polítiques dretanes que propugna Artur Mas (xecs caritatius, anti llei de dependència...). Altres, a la utilització indeguda i mesquina del problema que pateixen el grup de pares que desitgen adoptar nens al Congo. Aquestes famílies seran, com va dir la consellera, degudament ajudades i assessorades complint la llei i els convenis de l'Haia. S'ho mereixen, però, quan passi tot aquest enrenou, tinguin els nens i estiguin més tranquils, algú els explicarà fins a quin punt han estat instrumentalitzats simplement per fer soroll.
3.10.06
No tots són iguals
El nou govern que surti de les urnes el proper 1 de novembre haurà de desenvolupar els continguts de l’Estatut. Haurà de liderar un procés de negociacions, pactes i acords, i impulsar un desenvolupament legislatiu de grans dimensions per donar compliment al text refrendat pels catalans. Com és obvi, aquesta gran tasca política s’orientarà d’una manera o d’una altra en funció de quin sigui el futur president de la Generalitat i de quin sigui el color del nou executiu. Algun articulista s’ha aventurat a dir que la línia divisòria entre dretes i esquerres s’ha difuminat tant que ja és imperceptible i que, en conseqüència, el que cal fer ara és optar per altres consideracions que no tenen res a veure amb polítiques adreçades a les persones. Artur Mas ha rebentat aquestes tesis amb les seves propostes de suposat caràcter social, que s’inspiren més en la caritat que no pas en la recerca de solucions als problemes existents. El líder convergent ha tornat a fer diàfana la diferència entre dretes i esquerres. Mas ens ha permès fer un tast del que podria arribar a ser un hipotètic triomf convergent gestionant l’aplicació del Estatut. Les propostes de CiU contemplades en el seu programa electoral són regressives. Estan inspirades en un pur neoliberalisme. En poques setmanes els convergents n’han acumulat un bon feix de despropòsits. S’han negat a millorar les condicions de contractació en la construcció, pensen votar contra la llei de dependència i proposen desgravacions i xecs caritatius en lloc de consolidar i ampliar els drets socials i les conquestes de l’estat del benestar. El proper dia 1 de novembre els ciutadans hauran de triar entre la gestió d’un Estatut des d’una òptica progressista o des d’una altra de conservadora. I és que... no tots són iguals.
Article publicat al setmanari Actual
2.10.06
CiU, no son de fiar
No, no són de fiar. Quin deu ser el grau de desgavell al si de CiU quan es barallen per un cartell de campanya? I, a més, després d'haver fet la despesa de confeccionar-lo i la parafernàlia de presentar-lo als mitjans de comunicació. Quin pot ser el nivell de credibilitat del seu responsable de campanya i imatge —David Madí— si no para de mentir reiteradament? L'últim episodi conegut ha estat la seva negativa a acceptar l'entrevista Mas-Carod a la suite d'un hotel i el seu cinisme en dir que negava l'evidència per discreció. Com ens podem refiar d'aquesta estranya coalició d'interessos que és CiU, quan sabem que alguns dels seus s'alegren dels problemes judicials i policials d'altres companys. Però, compte! No parlem sols de les intrigues de Convergència respecte a Unió, no. Sinó del caïnisme entre alguns homes rellevants de l'entorn d'en Mas. Hi ha algú, de l'anomenat pinyol, que es frega les mans amb els problemes de Fernández Teixidor. Aquesta gent no està preparada per governar. Han de seguir una cura de relaxació i aplicar una bona cirurgia.